Um dos compromissos da 28° Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP28), realizada no final de 2023, é triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030 e aumentar para pelo menos 11.000 GW a produção mundial de energia, duplicando a eficiência energética.
Isto abre uma janela de oportunidades para as hidrelétricas, porque esta meta não poderá ser alcançada sem a escala e a flexibilidade operativa proporcionada por esta fonte.
O Brasil, com seu enorme potencial de recursos naturais para geração de energia limpa e renovável, é um dos líderes na produção de energia sustentável, mas é essencial manter matriz elétrica diversificada.
Para isso, o país precisa ter uma política pública para o segmento de hidrelétricas autorizadas até 50MW proporcionando a contratação da fonte nos próximos 10 anos. Mesmo que sejam implantados todos os projetos, não chegará a 8% de total energia elétrica gerada por este segmento, que apresenta um dos menores custos para o consumidor.
A utilização da hidroeletricidade, substituindo a geração de energia através de combustíveis fósseis, ajudou a evitar a emissão de mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 durante os últimos 50 anos (https://www.hydropower.org/factsheets/greenhouse-gas-emissions).. “”)
O quinto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) declarou que a hidroeletricidade tem uma média de 24 gCO2-eq/kwh, que é a quantidade de gramas de CO2 equivalentes por kilowatt-hora de eletricidade gerada durante sua vida útil. Para se ter uma ideia, a geração de energia com o uso do gás é 490 gCO2-eq/kwh, solar é 48 gCO2-eq/kwh, eólica e nuclear estão na faixa de 12 gCO2-eq/kwh.
Daí a importância do planejamento a longo prazo, porque resolve-se um problema pontual, mas geram-se outros no futuro e o Brasil pode e deve impulsionar a pauta verde.
Charles Lenzi é presidente-executivo da ABRAGEL
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