O período entre dezembro e março deixa a população urbana, em alguns casos também a população rural, próximas a regiões com encostas, sobretudo no Sudeste e Sul do Brasil, bem como usuários e concessionários de rodovias e ferrovias, em estado de constante alerta. Do ponto de vista geotécnico, o Brasil tem uma diversidade de solos em regiões montanhosas em regiões com alta incidência de chuvas concentradas, com volumes equivalentes a várias semanas caindo em poucos dias. Por isso, acidentes naturais, como imensos deslizamentos e movimentações em maciços, costumam ocorrer e, infelizmente, provocar vítimas fatais, além de danos materiais e logísticos relevantes.

O risco desse tipo de desastre poderia ser minimizado a partir de um trabalho de prevenção, que se inicia na investigação geotécnica detalhada das áreas ameaçadas ou “áreas de risco”, sejam elas urbanas, rodoviárias ou ferroviárias, possibilitando o dimensionamento do risco e a identificação das soluções mais adequadas para aquele tipo de solo.

A SEEL Engenharia tem vasta experiência em obras emergenciais e/ou de prevenção de erosões e deslizamentos em rodovias, ferrovias, oleodutos e gasodutos espalhados pelo país, por vezes, orientando concessionárias ou órgãos governamentais para o composto de soluções mais adequado.

Planejamento, outra chave para o sucesso

Em um cenário ideal, nos meses que antecedem períodos chuvosos, equipes de Engenharia realizam um planejamento completo de possíveis ações preventivas, a partir do mapeamento das áreas ameaçadas ou “áreas de risco”. Dentro do conjunto de soluções, o solo grampeado é uma que corrige a instabilidade e reforça um terreno que poderia não resistir a um cenário de chuvas torrenciais.

Outro elemento importante é o da inclinação do talude. Se a inclinação for muito acentuada, com um ângulo muito alto em relação ao solo, existe a tendência de queda ou mesmo de deformação do maciço, especialmente se submetido à alta variação de temperaturas e chuvas. Se um talude tiver a 45 graus de inclinação, por exemplo, em alguns casos, é possível que seja necessário somente a aplicação de vegetação baixa (grama) e uma drenagem bem planejada para resolver a instabilidade do mesmo e evitar a erosão.

Há também o recurso de se executar cortes longitudinais no talude e modificar a inclinação dele de forma a reduzir o risco de deslizamentos e erosões, ao suavizar a inclinação do talude.

“Espelhando” solução

Em determinadas obras de grandes dimensões a SEEL costuma realizar ações preventivas em pontos onde ainda não houve deslizamento, até pelo fato desses pontos terem características geotécnicas muito semelhantes ao de pontos adjacentes tratados devido a deslizamentos.

Se nas estradas as obras preventivas têm demanda urgente, o mesmo ocorre em perímetros urbanos, sobretudo onde há residências em áreas de risco. Existem diversas encostas em perímetros urbanos com ampla necessidade de tratamento para se evitar deslizamentos que custariam muitas vidas. Soluções preventivas nestes locais vão desde drenagem a reforço do solo com grampos e telas, até mesmo a concreto projetado e cortinas atirantadas.

Seria possível prevenir tais deslizamentos e erosões? Qual seria a melhor solução para prevenir danos materiais, econômicos e, principalmente, salvar vidas? Entendemos que é possível reduzir o risco através de um trabalho continuado de prevenção em perímetros urbanos, rodovias e ferrovias.