A MRS Logística volta a contar com os serviços especiais da SEEL em contenções de duas frentes que garantirão a segurança no fluxo de suas linhas férreas; a primeira é o reforço de uma cortina atirantada no Km39+830 da Ferrovia do Aço, entre os municípios de Quatis e Resende; a segunda, a 125km da primeira está no município de Paulo de Frontin, no Km81+722 da mesma ferrovia, a construção de duas cortinas atirantadas.
Segundo o engenheiro Caíque Furtado, responsável pela frente de Quatis-Resende, a cortina de 120m de extensão (datada dos anos 70) precisou de reforço porque no ano passado uma outra cortina muito semelhante a esta desmoronou sob a linha férrea. Como identificar uma cortina que precisa de reforço. O engenheiro nos explica que, tecnicamente a cortina, em geral, apresenta fissuras, os drenos começam a não escoar água e os tirantes já não apresentam carga. O reforço atende por 33 novos Drenos Horizontais Profundos (DHPs) com 25 metros de profundidade cada e nove vigas de concreto para distribuir o esforço entre os tirantes.
Na cortina superior são três vigas, a menor com sete e a maior com 15m para envolver os 24 tirantes e na cortina principal são seis vigas, a menor com 27m e a maior com 100m, para envolver 182 tirantes.
A equipe de 40 colaboradores da SEEL que trabalha desde 24 de outubro fabrica as vigas in loco: desde a armação até a forma e montagem. “A proximidade do andaime com os trens (apenas 90cm) é a grande dificuldade da obra; temos um sinaleiro que nos avisa da passagem do trem que ocorre em cada 30 minutos; nossa margem para erro é zero”, afirma Caíque.
Para trabalhar no limite da passagem do trem, a preparação mental dos colaboradores é extrema. “Faço dois DDS por dia, um às sete da manhã e outro a uma da tarde”, revela Thiago Suhett, Técnico de Segurança do Trabalho locado na obra.
A segunda frente da Obra 759 tem caráter emergencial de proteger um talude instável à beira da estrada em Paulo de Frontin. Segundo o engenheiro responsável Tharso Cunha de Abreu a solução anterior encontrada pelo cliente estava sendo insuficiente para dissipar a enorme quantidade de água das chuvas, comum a essa época do ano. Uma equipe de 30 colaboradores está erguendo duas cortinas, a superior com 66 metros de extensão e 77 tirantes em três linhas e a inferior com 54m e 47 tirantes em duas linhas. Um deslizamento ocorrido em dezembro aumentou o escopo e a complexidade desta frente de obra, segundo Tharso, obrigando a equipe a construir uma terceira, mas provisória cortina com 24m de extensão que está servindo de anteparo para o trabalho das duas principais. “Estamos fazendo 400 barbacans e alguns DHPs”, revela Tharso.
Enquanto a frente de Quatis-Resende tem encerramento previsto ainda para este mês, a de Paulo de Frontin deve se prolongar até março.