Quatro dos sete contratos com o Grupo Arteris concluídos até dezembro-2020

Texto: Alexandre Peconick – Fotos: Simone Guterres

Cento e cinquenta colaboradores da SEEL no pico das obras atuaram em frentes da Autopista Fluminense (BR-101) entre os municípios de Rio Bonito, Silva Jardim e Casimiro de Abreu para Reforço, Reforma e Alargamento de OAE – Obra de Arte Especial (oito pontes e nove passagens de fauna). Até o dia 22 de dezembro de 2020, data de edição desta matéria, as Obras 814 (três alargamentos de pontes), 815 (alargamento de um viaduto), 829 (troca de aparelhos de apoio da ponte sobre o Rio do Ouro), 830 (recuperação de um bueiro na BR-101 na região de Itaboraí) e 832 (troca de aparelhos de apoio da ponte sobre o Rio Lontra) já se encontravam concluídas.

Pendentes para 2021 haviam ficado 50% da Obra 813 (alargamento da ponte sobre o Rio Maratuã; o alargamento da ponte do Rio São João; o alargamento da ponte sobre o Rio Aldeia Velha); além de 12% da Obra 803 com algumas passagens de fauna.

Passagem de fauna concluída no Km 254 da BR-101 sob o Rio Bacaxá e Alargamento da Ponte sobre o Rio Maratuã, no Km 225 ainda em fase de obras

“O resultado tem sido o melhor possível, o cliente Grupo Arteris (administrador da Autopista Fluminense) está muito satisfeito ao constatar que a SEEL não diminuiu o ritmo das obras em nenhum momento mesmo diante de fortes adversidades como as chuvas e a pandemia (que, por exemplo, prejudica em itens como o fornecimento de aço e transporte público). Agora na fase final estamos empreendendo um esforço adicional; como foi o caso da Obra 814; tocada em dois turnos, incluindo o noturno”, destaca o engenheiro Ricardo Barra, Superintendente de Operações da SEEL em todas as Obras com o Grupo Arteris.

Passagem de Fauna sobre o Rio Ipiabas (Km 211) concluída e alargamento da Ponte sobre o Rio Capivari (Km 243) em fase de obras

Entre as imagens que mais chamaram a atenção durante os mais de 13 meses de obras estão a do transporte e içamento noturno ainda em junho, no Km 254 da BR-101, de uma viga com 34m de extensão e 70 toneladas (imagens abaixo), que atravessa de ponta a ponta o Rio Bacaxá. “Pré-moldada durante 60 dias no próprio canteiro de obras, a viga foi apoiada nos novos pilares construídos e instalados para sustentar a laje que representava o alargamento do tabuleiro da ponte”, esclareceu Ricardo Barra.

Dos sete contratos de obras, os das Obras 814 e 815, por exemplo, se referem a obras iniciadas por outro fornecedor e não concluídas, que a equipe da SEEL deu continuidade com bastante qualidade e eficácia.
Quanto ao alargamento de pontes, já no final do mês de dezembro havia um impacto positivo em termos de melhorias para o fluxo de tráfego de veículos, de acordo com o engenheiro.

Os muros de gabião construídos nas duas laterais do leito de rios como o Lontra, o Ipiabas, o Bacaxá, o Iguapé, o São João, entre outros (cada um com até 3 m de altura), protegem as margens do curso d´água. Acima desses muros a equipe de obras aplicou um colchão reno para garantir que mesmo que o nível da água suba não ocorram erosões nas bordas do curso d´água e a passagem de fauna seja assegurada.

Passagem de fauna sobre o Rio Iguapé (Km 220) concluída e alargamento da ponte sobre o Rio Bacaxá (Km 254) em fase de obras

Segundo informou o engenheiro Ricardo, as intervenções ocorreram em estruturas antigas, anteriores à duplicação da BR-101, boa parte na pista sentido Casimiro de Abreu-Rio de Janeiro. “As obras equalizam as estruturas, dotando os dois sentidos das pistas com acostamento”, conclui.

A SEEL, segundo dados que apuramos, era em meados de 2020 a empresa que detinha o maior volume de serviços no Estado do Rio de Janeiro dentro do segmento de Manutenção de Vias.

Os números dos contratos somados, em termos de área e volumes trabalhados impressionam: 459,5 m de pontes trabalhadas, 1884 m³ de concreto aplicados, 254 Ton. de aço usadas e 3000 m³ de pedras para muros de gabião em diversos pontos ao longo do trecho de um trecho de 59 km.

Reforma de BSTM no Km 294 da BR-101