Quem não gosta de circular sem risco na aprazível BR-040 que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora e passa pela entrada de Petrópolis?! Na Km81, no entanto, um afundamento de 12m no acostamento à esquerda da pista de descida da serra e um talude instável no Km 50 (em Pedro do Rio) trouxeram preocupação ao CONCER. A SEEL, após consultoria de Paulo Henrique Dias à empresa TCE, assumiu a Obra 763 em duas frentes coordenadas pelo engenheiro Paulo Roberto Gama. Na primeira frente enviou equipe liderada in loco pelo supervisor Ubiracy Reis ao Km 81 para um trabalho de reforço na contenção, uma vez que um aterro de pó de pedra realizado pela CONCER não seria suficiente. Algumas casas haviam desabado. Todo cuidado seria pouco. Além do grampeamento do talude foi projetado concreto na lateral da pista em duas linhas com cerca de 7m de altura cada. Este trabalho emergencial, que seguiu mesmo debaixo de chuva aconteceu entre os dias 19 de novembro e 3 de janeiro últimos. “Houve porém um trabalho extra de consolidação com 154 perfurações em uma área de 15x15m² feitas cuidadosamente porque abaixo do local de afundamento passa um túnel”, acrescenta Ubiracy.
O segundo desafio desse contrato acontece a uma altura de 8om onde, à época da reportagem, a equipe de nove alpinistas da SEEL realizava um detalhado trabalho de bate-choco que incluía paralisação do trânsito quatro vezes por dia, por 20 minutos cada. “Após a limpeza, as 700 perfurações de 3m de profundidade no paredão e a instalação de chumbadores estaremos, já sem interdições no trânsito, colocando 3900m² de telas HR50 da Macaferri”, informa Mariana Bruno, a engenheira residente responsável por gerir as ações. Esta segunda fase da Obra 763, iniciada no final de novembro, tem previsão de conclusão para o final deste mês de fevereiro.