Texto: Alexandre Peconick
Fotos: José Xavier
Todo o meticuloso trabalho de contenção de encosta e construção de uma ponte de 10 m de extensão por 12 m de largura e 3.5 m de altura nos Km 19.5 e 15.9 da Rodovia Estadual RJ-163 (DER-RJ), que liga Penedo a Visconde de Mauá, dentro do Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS), está em fase de acabamento neste final de junho de 2021. Trata-se da Obra 811 da SEEL; cujo sucesso se traduz pela parceria entre a equipe de obra (coordenada pelo engenheiro Marcio Braga e tendo Thales Affonso como engenheiro residente), a Sala Técnica da SEEL, o DER-RJ e a equipe de Gestão Ambiental da UERJ.
“Neste momento já foi feita a desmontagem da ponte provisória e hoje os veículos estão transitando na ponte definitiva da obra. Estamos finalizando um canal de drenagem que vai direcionar a água até o outro lado da cachoeira. Depois faremos a pavimentação dos dois pontos da obra e concluiremos a passagem de fauna”, destaca Thales Affonso que revela o fato de que a equipe de obra já tem recebido elogios não apenas do cliente DER-RJ, mas sobretudo dos usuários da Rodovia. “Eles dizem que a rodovia está bonita e que a obra foi de grande importância, pois assegurou muito mais segurança a eles”, informa.
Vazão mais segura
Como ressalta Thales Affonso, a parceria com a equipe da Sala Técnica — por meio do desenvolvimento de projeto, estudos e sondagens — foi fator diferencial para a obtenção do resultado de alta qualidade. No dia 17 de junho de 2021 (data de fechamento desta reportagem), 96% das operações já estavam concluídas. A capacidade de vazão da água não era mais suportada pelos três bueiros existentes no local, como esclarece Thainá Polzl, da Sala Técnica da SEEL. O projeto executivo previa a criação de um canal, mas a Sala Técnica da SEEL recalculou a largura ideal para 12 m, mudando sua posição geográfica e conferindo segura vazão de 25,9 m³/s. A ponte definitiva possibilita a função de drenagem desse canal.
“A obra prepara o local para suportar o pior cenário possível de precipitação de chuva; esse canal, por exemplo, é direcionado a uma cachoeira, tudo bem planejado para que o cuidado ao meio ambiente seja respeitado”, aponta Marcio Braga, Engenheiro Coordenador da Obra pela SEEL.
Novidade: semáforos de energia solar
“Redesenhamos o projeto para evitar a remoção de 15 árvores e ganhamos tempo para a construção, passo a passo, da ponte definitiva. Igualmente nos auxiliou em economia e funcionalidade para o trânsito em meia pista a instalação de dois semáforos de energia solar (novidade em obras SEEL)”, acrescenta o engenheiro residente. O engenheiro Rômulo Guerson também teve participação importante nesta obra.
A operação de montagem da ponte definitiva envolveu 30 colaboradores, três carretas e um guindaste para movimentar as quatro vigas longarinas, oito vigas transversinas, cinco lajes pré-moldadas em concreto, além das cordoalhas que seriam protendidas.
Neste mesmo trecho do Km 19.5 foi executado o reforço de uma cortina pré-existente por meio de uma grelha com 120 tirantes, além de duas seções de solo grampeado à jusante (150 m²) e à montante (300 m²). A equipe da SEEL também construiu no Km 19.5 dois muros ancorados. No Muro 1, com 34 m de extensão foram 29 tirantes, 34 estacas, 18 DHPs e 133 m³ de concreto; no Muro 2, com 21, 5 m, colocamos 14 tirantes, 20 estacas, 6 DHPs e 70 m³ de concreto.
Já na outra frente da Obra 811, a do Km 15.9 a SEEL solucionou pontos divergentes do projeto, como a colocação de tela de alta resistência sobre um solo grampeado em uma área de 254 m²; também realizou o tratamento, com solo grampeado, hidrossemeadura, duas cortinas e DHPs, em uma área de 1500 m².
Voltando ao Km 15.9, houve transplante de árvores, que obstruíam a execução da obra, replantadas em local previamente estudado.