À medida que o setor de construção civil avança em práticas sustentáveis, as obras de infraestrutura enfrentam o desafio de reduzir suas emissões de carbono. Um projeto recente no Rio Grande do Norte, conduzido pela SEEL Engenharia para a ENGIE, ilustra como implementar estratégias de descarbonização em larga escala, servindo como exemplo para o país.
Com iniciativas como o uso de etanol nos veículos e a instalação de placas solares, a obra reflete o compromisso ambiental das duas empresas, que também realizam compensação de emissões com projetos de reflorestamento em Uruçuca, na Bahia. Esse modelo de carbono neutro reforça o alinhamento com as metas globais de sustentabilidade, promovendo uma visão inspiradora para empresas do mesmo segmento.
Entrevista com Diego Soares, Gestor de Contratos na ENGIE
Para aprofundar a discussão sobre ESG e carbono neutro, Diego Soares, Gestor de Contratos da ENGIE, compartilha suas perspectivas sobre os desafios e estratégias sustentáveis que a empresa adota na gestão de gasodutos. Abaixo, confira a entrevista com os trechos mais relevantes:
- Como as mudanças climáticas e os eventos extremos estão afetando as operações e a manutenção dos gasodutos da ENGIE? Houve adaptações ou mudanças nas estratégias de gestão devido a esses desafios?
Diego Soares: “A ENGIE Soluções Operação & Manutenção (ESOM) vem a cada ciclo se modernizando e prevenindo sobre as ações intempestivas do homem que podem causar influências diretas sobre sua malha. A pegada do carbono “zero” já adotada na Europa pelo grupo ENGIE, foi sabidamente absolvida e adotada pela ESOM em suas atividades cotidianas, como a utilização de ETANOL em sua frota de veículos, sendo ainda amplamente divulgada para novos contratos a fim de conscientizar suas Contratadas. Outra ação e inclusive em parceria com a SEEL, a fim de mitigar as ações de obra e em forma de compensação, será realizado o replantio de centenas de árvores em região escolhida pela ESOM na região do sul da Bahia.“
- Em relação à obra emergencial no Rio Potengi (RN), quais são os aspectos mais críticos da execução, e como sua área abordou esses desafios para garantir o sucesso do projeto? Como você avalia a parceria da ENGIE com a SEEL na execução deste serviço, e onde acredita que a SEEL tem agregado mais valor ao projeto?
Diego Soares: “A ENGIE tem uma cultura de segurança fortíssima e esse com certeza foi a nossa maior preocupação, seja na segurança dos nossos colaboradores e de terceiros, quanto da segurança ambiental e não menos importante a segurança operacional. Os desafios desse projeto foram enormes no que diz respeito a prazo de mobilização, execução e retomada da operação dado o cessamento do fornecimento de gás para as regiões do Rio Grande do Norte e Ceará. E por toda a criticidade e envolvimento no projeto, a SEEL mais uma vez se mostrou pronta para os desafios apresentados e com desenvoltura técnica concluiu os serviços com agilidade e qualidade, destacando-se muito pela condução de seus líderes em campo.“
- O plano de descarbonização dessa obra tem sido um ponto de destaque. O que a ENGIE acha desse plano? Pretende replicar em outros projetos?
Diego Soares: “Sim. Essa é mais uma das ações que a ENGIE em conjunto com a SEEL, tem realizado em suas obras. A ideia foi apresentada nas obras de recuperação dos taludes do GASCAC e foi muito bem aceita pelo grupo, que pretende estender ações como essas para novas obras, ações preventivas e até compensatórias do grupo.”
Esse projeto de descarbonização representa apenas uma das várias iniciativas de ESG integradas ao dia a dia das operações da SEEL.
Além da ação de carbono neutro, há um compromisso contínuo com práticas de eficiência energética, uso responsável de recursos naturais e programas de impacto social que buscam fortalecer o vínculo com as comunidades.
Para conhecer mais detalhes sobre essas e outras ações, o Relatório de Sustentabilidade está disponível e reúne as principais medidas adotadas e os resultados obtidos até o momento.